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Storytelling com foco em vendas: como sua agência pode usar histórias para gerar resultados

Storytelling com foco em vendas: como sua agência pode usar histórias para gerar resultados
Saiba o que é o storytelling com foco em vendas e confira as melhores dicas para aplicar a estratégia com os clientes da sua agência.

Saiba o que é o storytelling com foco em vendas e confira as melhores dicas para aplicar a estratégia com os clientes da sua agência

Para empresas que desejam vender mais, mas sem depender só de promoções ou de uma abordagem mais “invasiva”, o storytelling com foco em vendas é uma estratégia que oferece mais segurança e sustentabilidade a longo prazo. 

Isso porque, em vez de trabalhar com mensagens soltas, você as organiza como uma história: alguém com um problema real, um conflito que “dói”, virada que aponta a solução e um final em que a compra faz sentido. 

A seguir, você vai entender melhor o que é esse conceito, conferir uma estrutura prática e exemplos de aplicações por canal – redes sociais, landing pages e e-mail. Vamos lá?

O que é storytelling com foco em vendas?

De forma simples, storytelling é a arte de transmitir ideias em formato de narrativas envolventes. 

A partir disso, o storytelling para vendas leva essa lógica para a jornada comercial. Ou seja, você cria um enredo que ajuda o potencial cliente a reconhecer a própria dor, enxergar um caminho e, no final, agir com confiança ao adquirir o produto ou serviço.

Mas por que essa estratégia funciona tanto? Porque, normalmente, histórias são mais fáceis de memorizar e geram empatia com o público. 

Isto é, em vez de só dizer que “nossa plataforma é rápida”, você mostra o antes e o depois na vida do cliente — e ainda reforça a mensagem com uma prova social

Inclusive, o resultado costuma aparecer em vários pontos do funil, uma vez que: 

  • gera mais atenção nas primeiras interações (topo);
  • mais qualidade nas oportunidades (meio);
  • e menos atrito na decisão (fundo). 

Portanto, para uma agência, isso se traduz em conteúdos que falam a língua do cliente e geram maior identificação ao longo do processo de compra.

O que é storytelling com foco em vendas
Imagem: Freepik.

Estrutura de um bom storytelling com foco em vendas

Mas antes de partir para a prática, vale alinhar a lógica por trás dessa sequência. 

Afinal, a ideia é conduzir o leitor por um caminho natural — do reconhecimento da dor até a decisão — sem que as passagens soem “forçadas” entre uma etapa e outra. 

Abaixo, você encontra um passo a passo que sua equipe pode usar em campanhas, páginas, e-mails e apresentações:

1. Gancho (capturar atenção)Abra com uma situação que o seu ICP reconhece imediatamente. Assim, você cria conexão em segundos e dá motivo para a pessoa seguir lendo ou assistindo.Como aplicar: use cenas do cotidiano, números que surpreendam ou perguntas que expõem a frustração mais comum do público. Esse ponto inicial prepara o terreno para apresentar o personagem. 
2. Personagem (gerar identificação)Em seguida, apresente alguém que espelhe seu público — um cliente típico, com cargo, rotina e metas claras. Isso ajuda o leitor a “se ver” na história.Como aplicar: detalhe uma ou duas características relevantes (“time enxuto”, “meta agressiva de ROAS”) para dar credibilidade sem alongar demais. A partir daqui, você está pronto para explicitar o conflito.
3. Conflito (explicitar a dor)Agora, deixe claro o que está em jogo. Tempo perdido? Dinheiro desperdiçado? Reputação ameaçada? Quanto mais concreto, melhor.Como aplicar: conecte a dor a consequências visíveis (retrabalho, atrasos, metas comprometidas). Essa tensão abre espaço para a virada sem que pareça uma troca brusca de assunto.
4. Virada (apontar o caminho)Introduza sua solução como um guia — e não como a heroína da história. Mostre o “como” de forma simples e progressiva, reduzindo a sensação de risco.Como aplicar: descreva um mini passo a passo (onboarding, primeiras configurações, uso no dia a dia). Com o caminho claro, o público estará mais receptivo à prova.
5. Prova (dar segurança)Chegou a hora de sustentar a promessa. Dados, depoimentos, integrações relevantes, selos de segurança e comparativos “antes/depois” reduzem objeções.Como aplicar: priorize uma métrica objetiva e um depoimento curto com contexto (segmento, porte, cenário). A prova prepara a visão de futuro com credibilidade.
6. Visão de futuro (desenhar o “depois”)Mostre como fica a rotina quando a solução entra de fato em cena. É o momento de traduzir benefício em imagem mental.Como aplicar: descreva o dia a dia com verbos de ação (“agiliza”, “elimina”, “simplifica”) e conecte a ganhos tangíveis (tempo, receita, previsibilidade). Esse quadro final pavimenta a chamada para ação.
7. CTA único e claro (convidar à ação)Por fim, convide a pessoa para um próximo passo específico, coerente com o estágio do funil. Um CTA principal evita dispersão e aumenta a taxa de cliques.Como aplicar: deixe o CTA visível, direto e consistente com a promessa apresentada. Se incluir um CTA secundário (“Saiba mais”), mantenha-o discreto para não competir com o objetivo principal.

Dicas para gatilhos emocionais

Além disso, para fortalecer a decisão — sem apelar —, use gatilhos com responsabilidade e transparência. 

Afinal, eles funcionam como “aceleradores” da narrativa, desde que façam sentido para o contexto. Entre os principais, podemos destacar:

  • Pertencimento: que reduz a sensação de estar “sozinho” e sinaliza que a escolha é comum entre pares. Exemplo: “Mais de 1.200 empresas do seu segmento já usam”;
  • Autoridade: empresta credibilidade de fontes reconhecidas e diminui o risco percebido. Exemplo: “Recomendado por líderes do mercado X”;
  • Urgência: ajuda a priorizar a decisão quando há janelas concretas. Mas evite gerar uma urgência artificial para não quebrar a confiança. Exemplo: divulgação de agendas ou lotes limitados, quando for verdade;
  • Prova social: demonstra resultados fora do discurso da marca e responde à pergunta “funciona para gente como eu?”. Para isso, use cases, NPS e avaliações.

Quando a linha narrativa é respeitada e você sabe usar os gatilhos adequadamente, o storytelling com foco em vendas deixa de ser “só uma história” e vira uma ferramenta previsível para mover leads pelo funil com menos atrito — do primeiro contato ao fechamento.

Aplicações práticas da estratégia

Porém, antes de sair produzindo posts, páginas e outros conteúdos, vale lembrar: a mesma história muda a forma de ser contada conforme o canal. 

Sendo assim, o objetivo é manter o enredo (que vai da dor à uma ação), mas ajustar ritmo, formato e CTA para cada contexto. 

A seguir, veja como aplicar storytelling com foco em vendas em redes sociais, landing pages e e-mail marketing – respeitando as etapas do funil de vendas.

Redes sociais (descoberta e consideração)

Em redes sociais, a atenção é curta. Portanto, o ideal é contar a narrativa em capítulos rápidos que conduzam a um único convite. 

Por exemplo, nos posts em formato de carrossel, siga a sequência: 

  1. dor;
  2. consequência;
  3. descoberta;
  4. solução;
  5. prova;
  6. CTA

Já em reels/stories, mostre a dor rapidamente (cena 1), a tentativa frustrada (cena 2) e o que mudou com seu produto (cena 3). 

Em seguida, finalize com um CTA claro. Para amarrar a narrativa, utilize legendas objetivas, stickers de link e sobreposições de texto que reforcem a ação.

Por fim, use a voz do cliente (frases que ele diria), mantenha transições nítidas entre slides (“por isso…”, “depois…”, “como resultado…”) e alinhe o CTA ao estágio: no topo, convide para conteúdo. Mais adiante, direcione para teste ou demo.

Landing pages (consideração e decisão)

Landing pages são muito utilizadas por agências para captação de leads que podem vir a se tornar clientes. Por isso, utilizar o storytelling com foco em vendas nessas peças também é importante.

Abaixo, confira algumas dicas para ajudar em uma produção mais estratégica:

  • Posicione a transformação, não o produto: em vez de começar com as características da solução, abra com a mudança que o visitante deseja ver: “Feche propostas 2x mais rápido.” Em seguida, conecte essa promessa a uma prova breve, para aumentar a confiança desde o primeiro segundo;
  • Seção da dor com linguagem do cliente: liste três dores que sua persona realmente sente e, para ficar natural, traga a forma como ela fala. Isso cria continuidade com o anúncio/post que trouxe a pessoa até ali e prepara a apresentação da solução;
  • Demonstre o caminho, não apenas o produto: mostre como a solução remove atritos e explique o passo a passo inicial (por exemplo, “conectar, mapear, automatizar”), pois isso reduz o risco percebido e conduz o visitante ao próximo bloco.
  • Provas e diminuição de objeções: inclua cases com contexto (setor ou porte da empresa), depoimentos, integrações relevantes e garantias (teste grátis). Assim, você conecta emoção e razão: a história inspira, os números confirmam e a garantia tira o medo do clique;
  • CTA visível, consistente e sem disputa interna: defina um CTA principal (ex.: “Agendar demo”) e um secundário mais informativo (ex.: “Ver planos”). Repita o principal nos pontos estratégicos da página e mantenha textos que reforcem o valor para facilitar a decisão.

E-mail marketing (nutrição e ativação)

Nos e-mails, você pode trabalhar com fluxos que buscam nutrir e engajar os leads para que eles desçam pelo funil de vendas. Veja um exemplo de como fazer isso em três etapas:

  • E-mail 1 (“o problema que ninguém fala”): para começar, conte uma história breve que explicite a dor e, em seguida, ofereça um conteúdo que aprofunde o tema. Isso ajudará no reconhecimento do problema e abertura de diálogo;
  • E-mail 2 (“virada do cliente”): traga um mini case com números e uma citação curta, de forma a gerar validação social e reduzir potenciais objeções;
  • E-mail 3 (“vamos ao próximo passo?”): por fim, conecte explicitamente a dor narrada ao caminho oferecido e proponha uma conversa, demo ou teste.

Inclusive, para costurar a sequência com fluidez, use conectores entre e-mails (“depois desse guia…”, “com base no case anterior…”), segmente por interesse/comportamento e ajuste o CTA ao estágio do lead. 

Assim, cada e-mail se apoia no anterior e prepara o seguinte, evitando mensagens “soltas”.

É válido reforçar que em todos os canais, a lógica é a mesma  (dor / consequência / virada / prova / ação), porém o ritmo e a forma de contar a histórias mudam. 

Quando essas peças se conectam, o leitor entende o caminho, enxerga o valor e sente segurança para dar o próximo passo. 

Em outras palavras: seu storytelling deixa de ser só “bonito” e passa a ser vendedor, sem perder a humanidade no processo.

Storytelling para vendas B2B vs B2C

Se você trabalha com clientes de diferentes segmentos, é importante destacar que a história que convence no B2B nem sempre funciona do mesmo jeito no B2C. 

Isso porque, embora a estrutura básica seja semelhante, o ritmo, o tipo de evidência e o CTA mudam conforme o contexto de decisão. 

Por exemplo, no B2B os ciclos costumam ser mais longos, com mais processos de decisão e maior risco percebido. 

Dessa forma, a narrativa deve destacar impacto de negócio, pode falar com múltiplas personas e deve apresentar evidências robustas de que a solução é realmente a ideal para aquela empresa.

Enquanto isso, no B2C a decisão normalmente é mais rápida e emocional. Portanto, foque em aspirações, qualidade de vida e pequenas vitórias que podem mudar a vida do consumidor. 

Inclusive, conteúdos visuais e UGC (conteúdo gerado pelo usuário) podem pesar mais ao longo dessa jornada de compra. 

Atenção aos erros que podem diminuir a conversão

Mesmo com uma boa história, pequenos deslizes de execução podem atrapalhar a taxa de conversão. 

Sendo assim, para manter a narrativa clara e persuasiva do início ao fim, vale observar alguns pontos críticos, como:

  • Colocar a marca como heroína: quando a marca ocupa o centro do palco, a audiência pode perder a identificação. Por isso, reposicione o foco no personagem (seu cliente) e nos obstáculos que ele enfrenta. Assim, sua solução aparece como o “mapa” que simplifica a jornada, e não como o “salvador” da história;
  • Prometer sem provar: a narrativa pode emocionar, mas, sem evidências, a decisão trava. Logo, complemente promessas com números, depoimentos e antes/depois para reduzir risco percebido;
  • Múltiplos CTAs: várias chamadas competindo entre si geram dúvida, portanto, defina um objetivo por peça e conduza o público até ele. Dessa forma, a atenção não se dispersa e a conversão tende a subir;
  • Jargão em excesso: termos técnicos podem soar como barreira. Assim, prefira linguagem clara. Quando for inevitável, traga uma explicação curta para manter todos na mesma página;
  • História longa para o canal curto: em feeds e anúncios, a atenção é limitada. Então priorize pequenas histórias com um único conflito e uma virada clara. Já em páginas e apresentações, aprofunde com provas e detalhes;
  • Promessas genéricas: declarações vagas não dizem nada. Portanto, especifique o benefício e quando ele acontece. Com isso, a proposta fica tangível e comparável.

Por fim, perceba como todos os pontos acima se conectam: quando o cliente é o protagonista, a prova sustenta a promessa, o CTA guia a próxima ação e a linguagem facilita a compreensão no canal certo. 

Ao eliminar esses ruídos, você mantém a narrativa fluida, aumenta a confiança e cria o cenário ideal para a decisão. Em outras palavras, a história continua cativante, mas agora também é vendedora.

Aproveite para ler também: Como apresentar um relatório por meio de bom storytelling de apresentação de métricas.

FAQ: Storytelling com foco em vendas

Para fechar, reunimos respostas rápidas para dúvidas comuns a estratégia de storytelling para vendas. Confira:

1) O storytelling com foco em vendas funciona em qualquer segmento?

Funciona quando a história reflete a dor real da persona e traz provas relevantes. O ajuste está no vocabulário, exemplos e tipo de evidência.

2) Como medir resultados do storytelling para vendas?

Acompanhe CTR, tempo na página, respostas de e-mail, avanço de estágio no CRM, taxa de proposta aceita e conversão. Inclusive, compare narrativas versus peças sem história.

3) Preciso de vídeo?

O vídeo ajuda, mas não é obrigatório. Peças em formato de carrossel, e-mail e landing page com boa sequência (gancho / conflito / virada / prova / CTA) performam muito bem.

4) Posso usar humor no storytelling com foco em vendas?

Sim, desde que combine com a marca e o público. Mas em estratégias B2B, prefira humor sutil e situações do cotidiano da persona.

5) Onde entram cases e depoimentos?

Na parte da “prova”. Insira antes do CTA, com contexto (perfil do cliente, desafio, resultado) e números.

6) E se eu ainda não tiver grandes resultados com o storytelling para vendas?

Use benchmarks de mercado, certificações e parcerias, e ofereça risco reverso (teste grátis ou garantia). Em paralelo, colete seus primeiros cases.

7) Como treinar o time para trabalhar com storytelling?

Monte um playbook com a estrutura acima, biblioteca de ganchos, objeções mapeadas e exemplos por canal. Além disso, faça revisões semanais mirando clareza, prova e CTA.

Isabel Souza

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Isabel Senna atua no mercado digital desde 2016 e, desde 2018, é responsável pela produção de conteúdo para o blog do Reportei.

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